No final do século XVIII, um pequeno grupo de escravos maroons, liderados pelos chefes dos Alukus e dos Bonis, deixou a região do rio Cottica no leste de Paramaribo para se refugiar no Maroni. Em 1791 eles fundaram suas primeiras aldeias rio acima, no alto dessa sucessão de saltos que veio a ser chamada de “Abattis Cottica”. Afugentados para um pouco mais acima pelos Holandeses aliados aos N’Djuka, eles só voltaram para se instalar definitivamente no que se tornaria o território Aluku, 40 anos mais tarde. Hoje os abattis Cottica marcam uma fronteira natural entre o território Aluku e Djuka, testemunha dos confrontos do passado. O local é marcado por um forte valor cultural outorgado pelos descendentes dos chefes Boni e Aluku. E é também uma combinação extraordinária de paisagens naturais com uma das mais impressionantes biodiversidades. Ao longo do Maroni, na porção chamada Lawa, se situam os Abattis* Cottica, local emblemático do território Aluku, onde a montanha de mesmo nome domina o rio em uma de suas partes mais majestosas. Aqui, ele é fragmentado em uma infinidade de braços e de ilhotas florestais, entrecortadas por saltos* espetaculares. Na margem direita, a montanha Cottica, ou Lebi Dotsi em Aluku, culmina a um pouco mais de 730 metros, ou seja um dos mais altos relevos da Guiana Francesa. Essa proximidade do rio ao pé da montanha constitui uma combinação de paisagens excepcionais. Ricas de uma diversidade de habitats naturais que abrigam fauna e flora, nós convidam......